No dia 28 de março de 2004, um domingo, Luiz Carlos e
Alessandra - que tinham um relacionamento de 10 anos - foram mortos
entre as 21h e as 22h. De acordo com a investigação policial, Alessandra
foi morta primeiro. Ao ouvir os tiros, Luiz Carlos teria se trancado em
uma sala de TV, que foi arrombada. Ele foi morto, também a tiros, no
corredor. De acordo com a polícia, não havia sinais de arrombamento no
imóvel.
Após o crime, uma mensagem de Gil foi deixada na
secretária eletrônica do casal, avisando que iria retirar alguns
pertences seus da casa. Por conta de uma discussão entre pai e filho,
Gil teria deixado a residência na semana que antecedeu os assassinatos. A
acusação sustenta que a briga se deu depois de que o pai descobriu um
desfalque de mais de R$ 100 mil na conta da produtora onde ambos
trabalhavam juntos. Gil chegou a marcar uma missa de sétimo dia para as
vítimas, mas como já estava com a prisão preventiva decretada, não
compareceu.
Nos últimos nove anos, Gil passou dois períodos preso.
Na primeira ocasião, ele esteve dois anos e 13 dias recolhido no Centro
de Detenção Provisória de Pinheiros, entre abril de 2004 e abril de
2006. Ele recebeu um habeas-corpus do Supremo Tribunal Federal (STF)
para aguardar o julgamento em liberdade. Dois anos e meio depois, em
2008, passou mais cinco meses detido, desta vez em Tremembé, no interior
de São Paulo. Foi acusado de mudar de cidade sem avisar a Justiça.
Desta vez, conseguiu a soltura por meio de decisão do Superior Tribunal
de Justiça (STJ).
O réu argumentou que se mudou para Santa Maria (RS) para
prestar vestibular para medicina. Para o Ministério Público, o fato de
ir para uma cidade mais próxima à fronteira com Argentina e Uruguai
seria um "ato preparatório para uma eventual fuga".
Para o promotor Rogério Leão Zagallo, responsável pela
acusação de Gil Rugai, a única dúvida é saber quem é a pessoa que agiu
com ele no dia do crime - já que a acusação acredita que os assassinatos
foram cometidos por duas pessoas. "Não tem surpresa. A minha certeza
decorre de alguns elementos que foram produzidos nas provas no
processo", disse. Para o promotor, o crime se deu depois que o pai
descobriu desfalques superiores a R$ 100 mil na conta da produtora.
"Isso desencadeou ira e sentimento de vingança. Foi um crime
premeditado", afirmou ele. Informações do Portal Terra.
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