Ecofolia Solidária coleta 70 toneladas de resíduos sólidos durante o Carnaval de Salvador

Mais de 70 toneladas de material reciclável coletada no circuito do Carnaval. Esse foi o resultado da Ecofolia Solidária, que este ano apoiou mais de 2.600 catadores de resíduos sólidos durante o Carnaval de Salvador. Para isso, foram montados cinco postos de coleta no circuito, com pontos na Barra, Ondina, Largo Dois de Julho, Ladeira da Montanha e no Politeama, onde foram distribuídos aos trabalhadores um kit contendo calça, camisa, botas, luvas de PVC e protetores auriculares. Eles também receberam alimentação (café da manhã, almoço e janta), além de assessoria técnica e deslocamento do material coletado.

O Projeto recebeu o apoio do Governo do Estado, que neste ano investiu um montante de quase R$ 1 milhão, sendo R$ 600 mil por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e cerca de R$ 400 mil pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). O EcoFolia Solidária - O Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente tem execução da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir).

Para Joilson Santana, coordenador da ação pelo Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia, “o Ecofolia Solidária mostrou força e a importância que tem para os catadores de material reciclável, que, com a ação, têm a sua atividade reconhecida e respeitada”.

Crédito - O Governo do Estado, por meio da Setre e da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), também disponibilizou uma linha de financiamento especial a cinco cooperativas de catadores. No total, foi financiado R$ 72 mil, por meio dos programas CrediBahia e CrediSol.

Com a oferta do microcrédito, o governo estadual valoriza o trabalho dos catadores, que durante o Carnaval têm as chances de lucro abreviadas, pois nesse período existe uma oferta maior que a procura, o que reduz o valor dos resíduos sólidos. Com o empréstimo, é possível comprar o material coletado pelos catadores avulsos, estocar e só vender após o período da festa, quando o valor das latinhas e das garrafas PET aumenta.