De acordo com o presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a carta de renúncia de Genoino será
lida no plenário ainda nesta tarde e, logo em seguida, será convocado o
suplente que assumirá a vaga do petista, Renato Simões (PT-SP), que
atualmente já vinha exercendo temporariamente o mandato com a licença de
Genoino. Ainda segundo Alves, a renúncia foi comunicada por André
Vargas quando a maioria dos votos já era pela abertura do processo de
cassação.
"Antes da aferição dos votos, o deputado
André Vargas apresentou um documento de Genoino de renúncia ao mandato.
Então, o processo de cassação nem chegará à Comissão de Constituição e
Justiça”, disse o presidente da Câmara após a reunião.
Genoino fez uma cirurgia em julho para
fazer uma dissecção da aorta. O procedimento é realizado quando o sangue
se desvia do interior da artéria para o interior da parede do coração e
passa a correr livremente. Para se recuperar, Genoino pediu licença
médica à Câmara dos Deputados e, depois, entrou com pedido de
aposentadoria por invalidez.
Laudo feito por junta médica da Câmara,
no entanto, apontou que o petista não possui doença que justifique
aposentadoria por invalidez. Eles opinaram por mais 90 dias de licença
para que Genoino tenha condições de recuperação total da doença
cardíaca. Depois deste período, ele passaria por nova perícia para
verificar se está apto a trabalhar.
Se a aposentadoria fosse concedida antes
da abertura do processo de cassação, Genoino não responderia pela quebra
de decoro. Com a renúncia, no entanto, ele não vai mais responder ao
processo de cassação.
Genoino reafirma inocência
No comunicado de renúncia, Genoino reafirmou a sua inocência no caso do mensalão, pelo qual foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a seis anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto. Além disso, comunicou sua renúncia destacando que iniciará nova batalha para reafirmar sua inocência.
No comunicado de renúncia, Genoino reafirmou a sua inocência no caso do mensalão, pelo qual foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a seis anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto. Além disso, comunicou sua renúncia destacando que iniciará nova batalha para reafirmar sua inocência.
"Com história de mais de 45 anos de luta na defesa
intransigente do povo brasileiro e da democracia, darei uma breve pausa
nessa luta, que representa o início de uma nova batalha dentre tantas
outras que já enfrentei", afirmou.
O agora ex-deputado destacou que, "entre a humilhação e a
ilegalidade", prefere o risco da luta. Genoino ressaltou ainda que não
acumulou patrimônio e riqueza, agradecendo a confiança que seus
eleitores depositaram nele. Ele criticou ainda a transformação de seu
processo de cassação em espetáculo.
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