O advogado da Telexfree está no Acre para acompanhar o caso da empresa, proibida pela Justiça do estado de realizar novos pagamentos e adesões ao sistema na terça-feira (18).
Horst Fouchs disse ao G1 que a empresa toma todas as "medidas cabíveis"
para resolver o caso. A decisão no Acre vale para todo o país.
De acordo com a promotora Nicole Colombo,
responsável pela medida contra a empresa Ympactus Comercial ltda, esta
não tem um negócio de "marketing multinível", mas um golpe conhecido
como pirâmide financeira.
Segundo ela, o sistema é insustentável e é ilegal
por causar prejuízos a muitas pessoas. "O foco da Telexfree é o
recrutamento de pessoas. Como é uma atividade que não tem
sustentabilidade, na hora que não tiver mais gente para entrar, a
cadeia quebra e as pessoas vão ficar no prejuízo”, explica. O Ministério
Público do Acre foi o primeiro a ajuizar ação contra a empresa no país
e, em até 30 dias, deve ingressar com uma ação civil pública.
A 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco deferiu o
pedido e determinou que sejam vedados os novos cadastros e o pagamento
dos divulgadores já inscritos, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.
Também haverá multa de R$ 100 mil para cada novo cadastramento ou
recadastramento.
Além de ser obrigada a informar todos os
divulgadores sobre a existência da ação do MP, os sócios-administradores
da Telexfree (Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler) tiveram
seus bens móveis, imóveis e valores financeiros em banco bloqueados. A
mesma ação foi realizada para as contas da empresa Ympactus.
De acordo com a promotora, estima-se que no Acre
tenham sido feitos 70 mil cadastros. Se cada um deles adquiriu o plano
básico (de 10 contas VoIP), serão 700 mil contas para serem vendidas no
estado, que, segundo o Censo de 2012 do IBGE, tem 758 mil habitantes.
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