Vaias para a Espanha, aplausos todos para o Taiti.
Aplausos para os jogadores aquecendo, aplausos para jogadores
agradecendo, aplausos para o hino, o primeiro toque na bola, a primeira
falta sofrida, o primeiro chute na barreira e o primeiro chute a gol.
Aplausos até quando Vallar gentilmente se abaixou para amarrar as
chuteira do goleiro Roche. Apesar de esse ter acontecido aos 45 minutos
do primeiro tempo, quando a Espanha já vencia por 4 a 0 e sem fazer
muito esforço.
Na primeira tentativa de troca de passes, o primeiro
ensaio da torcida para o “olé”. Mas o passe não chegou. Grito sufocado.
Quando Fernando Torres fez o primeiro gol, os gritos de “Vamos virar,
Taiti” ecoaram pelo Maracanã com força. Certamente os taitianos não
entenderam nada. Pareciam de certa forma enfeitiçados com o toque de
bola espanhol, que, diga-se de passagem, esteve longe de ser o que
estamos acostumados quando jogam os titulares. O domínio no primeiro nem
foi tão grande assim por parte dos espanhóis: pouco mais de 60% de
posse de bola.
Talvez já pensando numa possível final contra o Brasil, nesse mesmo
Maracanã, a torcida brasileira deu seu recado: “Ô Espanha, pode esperar;
a sua hora vai chegar”. Porque a hora do Taiti já chegou. Entrou em uma
competição oficial da Fifa (se o Taiti é assim, imaginem os que
perderam dele?), veio ao Brasil, jogou nos estádios que serão da Copa do
Mundo, admiraram, foram ovacionados, queridos e até mesmo ironizados
pela mesma torcida que os apoiou 90 minutos.
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