Pelo menos quatro policiais, cinco manifestantes, dois
fotógrafos e uma repórter ficaram feridos. Um manifestante chegou a
cair do viaduto José Alencar. Identificado como Caio Augusto, 16 anos,
ele foi socorrido por bombeiros e levado de ambulância a um hospital da
cidade, com ferimentos na cabeça e nas pernas. Seu estado de saúde é
considerado grave.
O tumulto na avenida Abraão Kaharan, limite estabelecido
pela Fifa no entorno do Mineirão, causou muita correria. Um grupo
começou a depredar lojas, quebrando vidros. Após
o confronto, parte dos manifestantes seguiram em direção a orla da
Lagoa da Pampulha para tentar acesso ao estádio por outro lado. A PM
reforçou o policiamento para isolar o estádio.
Ao término da partida
entre Japão e México, houve novo confronto entre agentes da Força
Nacional de Segurança, policiais militares e os manifestantes,
transformando os arredores da avenida Antonio Carlos em uma praça de
guerra. Com bombas e muitos disparos de balas de borracha, as
autoridades tentavam conter a multidão que se aglomerava nas
proximidades do estádio.
Pelo menos 3,5 mil policiais, com o auxílio da Força
Nacional de Segurança, fazem a segurança no entorno do estádio e tentam
conter os cerca de 70 mil manifestantes, segundo a PM. Organizadores do
ato estimam que há em torno de 120 mil participantes no protesto.
"São vândalos, arruaceiros, que vêm apenas para causar
transtornos. Não recuaremos, não aceitaremos", garantiu
o tenente-coronel Alberto Luiz, assessor de comunicação da PM, mostrando
objetos arremessados pelos manifestantes, como bolinhas de gude, bolas
de sinuca, esferas de metal e rodas de carrinho de rolimã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário