A Polícia Civil acredita que o assassinato do puxador da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis (TUI), Lucas dos Santos Lima, 35 anos, foi motivada por uma dívida entre o empresário e um dos três homens suspeitos de envolvimento com a morte dele. Durante a apresentação de Assiel de Jesus Ramos, 21, e Daniel de Jesus de Souza, 20, a delegada Klaudine Passos, titular da 3ª Delegacia de Homicídios (DH), disse que o caso não foi um crime entre torcidas.
Polícia diz que Lucas foi morto por vingança(Foto: Reprodução/Facebook)
A investigação continua, mas a polícia acredita que Lucas foi morto por conta de uma dívida com o autor dos disparos, identificado como Jonas Souza dos Santos, 23 anos. Alguns dias antes do crime, ele teria passado na loja de suplementos suplementos nutricionais, da qual Lucas era sócio, para cobrar o valor da dívida em mercadorias.
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Lucas se negou a aceitar a proposta, e os dois discutiram no local. Jonas teria sido maltrado pelo torcedor do Vitória .Chapolin - como a vítima era chamada - foi baleado com quatro tiros na cabeça, dentro da loja situada na rua General Labatut, nos Barris, na sexta-feira (25). O suspeito de cometer o crime teria ficado insatisfeito com o tratamento e por não ter recebido o pagamento da dívida.
Jonas, Daniel e Assiel são amigos de infância. No dia do crime, eles estavam em um Fiat Palio cinza, alugado e conduzido por Assiel. O carro foi locado por Assiel um dia antes do assassinato de Lucas. Por conta disto, a polícia acredita que o crime foi premeditado.
Assiel e Jonas se encontraram com Daniel na estação da Lapa, logo antes do crime. Ao passar pela rua onde a loja de Chapolin ficava, eles reduziram a velocidade do veículo para verificar se a vítima estava mesmo no local.
O trio estava parado no congestionamento quando Jonas deixou o banco de trás do veículo, saiu correndo e atirou em Lucas antes de reencontrar os amigos mais a frente.
Durante a apresentação à polícia, Assiel e Daniel negaram que o crime foi planejado, e disseram que não sabiam que Jonas ia matar Lucas. Eles disseram que o crime não foi motivado por uma dívida de Chapolin com o amigos, mas que também não seria motivado por uma rixa entre as torcidas Bamor, do Esporte Clube Bahia, e Os Imbatíveis, do Vitória.
Apesar da negativa durante a apresentação, a delegada Klaudine disse que os dois confirmaram a versão da dívida ao serem ouvidos pela polícia durante a noite de ontem (29). Assiel também chegou a dizer que Jonas matou Lucas revidando um tiro que Chapolin teria desferido contra o rapaz anteriormente.
Jonas, acusado de atirar em Chapolin, está foragido da polícia(Foto: Dviulgação/Polícia Civil)
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Ele também disse que o torcedor da TUI estaria envolvido em uma situação no dia da final do Baianão, quando um grupo de torcedores da Bamor foram esfaqueados em Brotas. Ao ser questionado pela delegada por mais detalhes, Assiel disse que não tinha certeza da informação. Tanto ele quanto Daniel serão encaminhados ao sistema prisional.
Jonas está foragido e sendo procurado pela polícia. Quem tiver alguma informação sobre o paradeiro dele poderá entrar em contato pelo Disque Denúncia, através do número 3235-0000. A identidade será preservada.
Bamor
Os dois suspeitos dizem fazer parte da Torcida Organizada Bamor (TOB). No entanto, os advogados da torcida, Delfin Paixão e Marcus Vinicius Rodrigues, negaram a filiação de Assiel. "Sempre que é solicitado, geralmente a cada três meses, enviamos ao Ministério Público a lista com o nome dos integrantes da Bamor. Assiel não é um deles”, garantiu Paixão.
Os dois suspeitos dizem fazer parte da Torcida Organizada Bamor (TOB). No entanto, os advogados da torcida, Delfin Paixão e Marcus Vinicius Rodrigues, negaram a filiação de Assiel. "Sempre que é solicitado, geralmente a cada três meses, enviamos ao Ministério Público a lista com o nome dos integrantes da Bamor. Assiel não é um deles”, garantiu Paixão.
Já Daniel foi confirmado como sócio da Bamor. No mesmo dia em que ocorreu o homicídio, a organizada manifestou solidariedade e fez um apelo à não violência. Outro comunicado foi divulgado pela TUI.
Assiel tem tatuagem com nome da Bamor no braço esquerdo (Foto: Juarez Soares/CORRREIO)
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