domingo, 2 de junho de 2013

Parada Gay terá tom político e promessa de segurança reforçada

A 17ª Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), programada para este domingo na avenida Paulista, em São Paulo, terá como tema central a luta contra o "retrocesso". Com o mote 'Para o armário nunca mais', os organizadores pretendem destacar o que chamam de ação de "segmentos religiosos fundamentalistas", que estariam agindo no Legislativo brasileiro. Um dos alvos será o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara, a quem os manifestantes reservaram o último dos trios elétricos da Parada para protestar.

No campo musical, a apresentação da cantora Daniela Mercury - financiada pelo governo baiano -, que recentemente assumiu um relacionamento com outra mulher, será o ponto alto. A apresentação contará com 22 músicos, a partir das 14h. Está confirmado ainda show de Ellen Oléria, vencedora do programa The Voice Brasil, da Rede Globo.

"Não queremos retrocesso como vem sendo imposto por alguns segmentos de religiosos fundamentalistas. Não podemos retroceder e ver retirados direitos que já conseguimos", afirma Fernando Quaresma, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT.


O deputado Marco Feliciano, que preside a CDH da Câmara desde 7 de março, é pastor da igreja Assembleia de Deus. Causou polêmica em 2011, quando publicou declarações polêmicas em seu Twitter sobre africanos e homossexuais. O parlamentar, que está em seu primeiro mandato, postou, à época, que "a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição". Em função das mensagens homofóbicas e racistas, ele é alvo de protestos desde que foi indicado para o cargo na comissão.

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