Durante os protestos em São Paulo, na noite desta segunda-feira, um
grupo de cerca de 10 policiais militares acompanharam ativistas e se
sentaram na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. Eles foram
aplaudidos por integrantes do protesto.
"Isso é uma demonstração de respeito da Polícia Militar à vontade
política da população", diz Matheus Prei, integrante do Movimento Passe
Livre e que acompanha os policiais. "Estamos vivendo uma experiência que
nunca vivemos. Estamos aprendendo com essa passeata. Quando a gente não
é reprimido, a gente consegue manter o controle das pessoas e não tem
vandalismo, nem violência."
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do
transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais
entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se
transformaram em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e
tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.
Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos
comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e
lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão
opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter
ou dispersar os protestos.
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