O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi adotado por diversas
instituições como processo de seleção, mas as diferenças entre o Enem e
as provas do vestibular normal são inúmeras e devem motivar alterações
na estrutura de educação do ensino médio.
Com uma proposta mais
ampla, onde o conteúdo específico de cada matéria não é o principal
critério de avaliação, o Enem traz uma prova menos “decoreba” do que
aquelas a que o estudante estava acostumado.
“O Enem tem uma visão mais ampla, não é preciso saber tudo, você precisa
é de uma visão mais crítica”, opina Felipe Cayres, de 19 anos. Ele fala
com conhecimento de causa: hoje aluno do cursinho no Grandes Mestres,
ele já fez os vestibulares da Universidade Federal da Bahia (Ufba),
Instituto Federal da Bahia (Ifba), provas do modelo Consultec de várias
faculdades e, claro, o Enem.
Para ele, que busca uma vaga em
Engenharia Mecânica, as provas como os vestibulares, que normalmente têm
um modelo que exige conhecimentos mais específicos, são mais difíceis.
“Saber coisas de cada matéria, detalhes, dificulta. O Enem é
interessante, é mais amplo, mas em contrapartida é uma prova cansativa,
você sai desgastado, poderia ter menos questões”, comparou ele, que,
apesar de ter sido chamado para a Ufba em uma das listas que saíram
depois da divulgação do resultado, vai fazer o Enem mesmo assim.
“Dependendo
da minha nota, posso fazer outras coisas, estudar em outro lugar”,
relatou o estudante de Jequié, que veio para Salvador para conseguir se
preparar melhor para a prova.
O estudante afirma que a maioria
dos alunos é favorável ao Enem. “A prova da Ufba era bem elaborada, mas
pegava pesado. No Enem, não é a coisa decoreba, você precisa é treinar o
tempo (para realizar a prova)”, analisou Felipe, apesar de ter saudade
da segunda fase da Ufba. “A segunda fase pedia um conhecimento mais
voltado para sua área. Podia ser o Enem só na primeira”, opinou.
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