quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Prova do Enem muda forma de estudo para faculdade

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi adotado por diversas instituições como processo de seleção, mas as diferenças entre o Enem e as provas do vestibular normal são inúmeras e devem motivar alterações na estrutura de educação do ensino médio.

Com uma proposta mais ampla, onde o conteúdo específico de cada matéria não é o principal critério de avaliação, o Enem traz uma prova menos “decoreba” do que aquelas a que o estudante estava acostumado.

“O Enem tem uma visão mais ampla, não é preciso saber tudo, você precisa é de uma visão mais crítica”, opina Felipe Cayres, de 19 anos. Ele fala com conhecimento de causa: hoje aluno do cursinho no Grandes Mestres, ele já fez os vestibulares da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Instituto Federal da Bahia (Ifba), provas do modelo Consultec de várias faculdades e, claro, o Enem.
Para ele, que busca uma vaga em Engenharia Mecânica, as provas como os vestibulares, que normalmente têm um modelo que  exige conhecimentos mais específicos, são mais difíceis.

“Saber coisas de cada matéria, detalhes, dificulta. O Enem é interessante, é mais amplo, mas em contrapartida é uma prova cansativa, você sai desgastado, poderia ter menos questões”, comparou ele, que, apesar de ter sido chamado para a Ufba em uma das listas que saíram depois da divulgação do resultado, vai fazer o Enem mesmo assim.

“Dependendo da minha nota, posso fazer outras coisas, estudar em outro lugar”, relatou o estudante de Jequié, que veio para Salvador para conseguir se preparar melhor para a prova.

O estudante afirma que a maioria dos alunos é favorável ao Enem. “A prova da Ufba era bem elaborada, mas pegava pesado. No Enem, não é a coisa decoreba, você precisa é treinar o tempo (para realizar a prova)”, analisou Felipe, apesar de ter saudade da segunda fase da Ufba. “A segunda fase pedia um conhecimento mais voltado para sua área. Podia ser o Enem só na primeira”, opinou.

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