O ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República
Eduardo André Gaievski, acusado de estupro de vulnerável, afirmou neste
sábado que “jamais” abusou de adolescentes. Ele chegou por volta das
16h15 ao 3º DP de Curitiba (PR) depois de ser preso no início da manhã
em Foz do Iguaçu, a 636 quilômetros da capital paranaense. Policiais
civis levaram o ex-assessor para Curitiba, depois de uma viagem de cerca
de sete horas.
Gaievski estava com um mandado de prisão preventiva
desde o dia 23 de agosto e, no início da semana, foi exonerado do cargo
de assessor. Ele é acusado de manter relações sexuais com jovens
enquanto era prefeito da cidade de Realeza, no sudeste do Paraná, entre
2005 e 2012. Em 2013, Gaievski assumiu a função na Casa Civil, onde
trabalhava com a ministra Gleisi Hoffmann.
O ex-assessor foi preso no apartamento de parentes em
Foz do Iguaçu. Segundo a polícia, ele se preparava para deixar o País e
pretendia se esconder em uma propriedade que um tio dele possui no
Paraguai. Ao chegar na delegacia escoltado por policiais e sem algemas,
Gaievski negou as acusações e disse que não fugiu para o Paraguai
enquanto era procurado pela polícia. Ele deve ser transferido para outra
unidade em Curitiba por ter direito à cela especial.
O delegado Rafael Vianna, que comandou a operação
policial que culminou na prisão do ex- assessor, disse que ele se
mostrou tranquilo durante a viagem entre Foz do Iguaçu e Curitiba.
Gaievski foi levado para a capital paranaense por questões de segurança
em razão do crime que é acusado. "Ele não resistiu à prisão, se entregou
e colaborou a tudo o que foi solicitado. Durante a viagem, ele estava
muito tranquilo. Afirmou que é inocente e que vai se defender ao longo
do processo", disse o delegado.
A investigação foi conduzida pela promotoria de Realeza e
já está em processo judicial. O Ministério Público deu início às
investigações há cerca de três anos. A Polícia Civil apenas cumpriu o
mandado de prisão, com auxilio de policiais de Curitiba, Foz do Iguaçu e
Realeza, além das polícias do Distrito Federal e de Santa
Catarina. Como o processo corre em segredo de Justiça por envolver
adolescentes, a polícia informou que não pode dar mais detalhes dos
supostos crimes.
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