Nenhum dos inscritos no concurso para juiz do
trabalho na Bahia conseguiu a pontuação mínima para ser aprovado. O
resultado da terceira fase foi divulgado na segunda-feira (2) e mostrou o
fracasso dos cerca de 2.600 inscritos, segundo a TV Bahia. Ao todo, o
concurso tem cinco etapas. Quinze candidatos já pediram revisão da
prova.
O vencimento base para os aprovados é de R$ 14 mil.
Cada um dos candidatos pagou R$ 217 para fazer a seleção. A primeira
prova foi em dezembro do ano passado e 300 pessoas seguiram para a
segunda etapa.
Na terceira etapa, somente 61 concorriam. A prova era de
redação de uma sentença com nota mínima exigida de 6 para seguir na
disputa pela vaga. No entanto, nenhum candidato ultrapassou a nota 5,
segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região.
Danilo Gaspar, um dos candidatos que fez a prova,
comentou o concurso. "A prova de sentença é uma prova muito grande,
muito complexa e que só pode ser feita a mão, em um prazo de quatro
horas. Dentro desse contexto, espera-se também que a correção leve em
consideração todos esses fatores", acredita.
O concurso é para preencher 9 vagas.
A presidente da Associação dos Juízes do Trabalho,
Andrea Presa, considerou natural o resultado do concurso e falou sobre
como é possível encontrar soluções para a falta de juízes na Bahia. "Se
esse resultado se confirmar, então o Tribunal poderá abrir edital de
remoção para que outros magistrados de outras regiões venham suprir
essas vagas e abrir um outro concurso", explicou.
Recursos
A presidente da comissão de concursos da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA), Taíse Bandeira, explicou à TV Bahia que os candidatos podem buscar reverter o resultado na Justiça. Segundo ela, muitos enviaram documento para a OAB reclamando da dificuldade da prova.
A presidente da comissão de concursos da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA), Taíse Bandeira, explicou à TV Bahia que os candidatos podem buscar reverter o resultado na Justiça. Segundo ela, muitos enviaram documento para a OAB reclamando da dificuldade da prova.
"A reclamação era dizendo que o espelho da prova não
era condizente com uma pessoa que estava pleiteando o cargo de juiz,
que aquilo era uma avaliação inicial", diz. A OAB acredita que a prova
estava compatível com o nível dos candidatos, disse ainda Bandeira,
explicando que o órgão teve um representante que acompanhou a correção
das provas.
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