O Bom Senso FC, grupo formado por jogadores de futebol
para reivindicar mudanças no calendário do futebol brasileiro, anunciou
nesta quinta-feira novo protesto e voltou a ameaçar a CBF com a
possibilidade de greve. Em nota distribuída, o grupo alega que a
entidade manteve a postura desinteressada em discutir os rumos do
futebol.
Desta vez, apenas dois pontos foram tocados pelo
comunicado: a alteração do calendário, com jogos o ano todo para clubes
pequenos, e a limitação do número de partidas para os da elite, e o Fair
Play Financeiro, que poderia estabeilizar os clubes e diminuir as
respectivas dívidas. Esses foram aspectos que a CBF se recusou a
comentar.
Até agora, duas manifestações foram feitas em rodadas do
Campeonato Brasileiro - abraço coletivo antes dos jogos e a pernência
dos atletas, com os braços cruzados, no início das partidas. Mais uma
deve ocorrer no final de semana. O Bom Senso FC ainda deixa claro que,
se preciso for, pode paralisar a disputa da competição.
"O Bom Senso F.C. busca o diálogo e espera uma posição
oficial da CBF acerca desses assuntos para que evitemos chegar ao ponto
de ter que parar o Campeonato Brasileiro para chamar a atenção da
entidade", diz a mensagem.
Veja, na íntegra, o comunicado do Bom Senso FC
O Bom Senso F.C. vem a público lamentar e demonstrar
sua insatisfação, mais uma vez, com a maneira como os atletas, os
torcedores e o futebol brasileiro tem sido deixados de lado pela CBF e
demais entes envolvidos.
O movimento defende duas premissas fundamentais para que o produto futebol seja valorizado. São eles:
1 - Aumento do calendário para os times das divisões inferiores e a diminuição do número de jogos dos clubes da elite. Há diversos modelos de calendário em pauta e, independente do formato, acreditamos que qualquer equipe no país deve jogar no mínimo 36 jogos e no máximo 72 partidas, criando assim um ambiente mais justo e saudável para todo o futebol nacional.
2 - Parcelamento da dívida, Fair Play Financeiro (fiscal e trabalhista), que dará mais transparência e equilíbrio a gestão dos clubes. Temos a consciência de que um dos primeiros impactos desta medida deverá ser a adequação dos salários dos atletas e a diminuição das despesas dos clubes. O Bom Senso apoia isso, mesmo porque, em um segundo momento acredita-se no aumento das receitas dos clubes.
Tal compreensão se deve ao fato de que o risco de punição esportiva, caso o clube não apresente a CND no prazo estipulado, afetará o poder de compra dos times brasileiros. Alguns viverão momentos financeiros difíceis que resultarão em elencos menos competitivos caso o parcelamento seja devidamente respeitado. Desta forma, o torcedor, os técnicos, os atletas e os próprios gestores deverão entender que esse é o preço a ser pago para que se quite as dívidas com a sociedade e se reorganize o futebol brasileiro de forma saudável.
Para tanto, é fundamental que a CBF e/ou o Governo altere o frágil Fair Play proposto pela Comissão de Clubes e pela própria entidade para que (1) se defina um índice regressivo de prejuízo dos clubes para os próximos anos, (2) se altere a legislação para limitar o valor pago a título de Direito de Imagem ao atleta, (3) se defina uma agência ou uma auditoria independente que fiscalize mensalmente a comprovação do pagamento de todos os assalariados dos clubes e (4) que não só o clube, mas também o gestor deva ser punido caso não cumpra o pagamento dos salários em dia.
Só assim, de forma clara e transparente, é que esse mecanismo poderá funcionar. Caso contrário, voltaremos a falar desses mesmos problemas em breve.
O Bom Senso F.C. busca o diálogo e espera uma posição oficial da CBF acerca desses assuntos para que evitemos chegar ao ponto de ter que parar o Campeonato Brasileiro para chamar a atenção da entidade.
Não somos contra A ou B, somos apartidários e queremos reiterar que o nosso compromisso é com um futebol melhor para todos.
Por fim, gostaríamos de pedir, mais uma vez, o apoio do torcedor, dos clubes e da imprensa para a manifestação, pacífica e respeitosa, que ocorrerá sem prejudicar o andamento dos jogos da 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Bom Senso Futebol Clube
Por um futebol melhor
para quem joga,
para quem torce,
para quem transmite,
para quem patrocina.
Por um futebol melhor para todos.
O movimento defende duas premissas fundamentais para que o produto futebol seja valorizado. São eles:
1 - Aumento do calendário para os times das divisões inferiores e a diminuição do número de jogos dos clubes da elite. Há diversos modelos de calendário em pauta e, independente do formato, acreditamos que qualquer equipe no país deve jogar no mínimo 36 jogos e no máximo 72 partidas, criando assim um ambiente mais justo e saudável para todo o futebol nacional.
2 - Parcelamento da dívida, Fair Play Financeiro (fiscal e trabalhista), que dará mais transparência e equilíbrio a gestão dos clubes. Temos a consciência de que um dos primeiros impactos desta medida deverá ser a adequação dos salários dos atletas e a diminuição das despesas dos clubes. O Bom Senso apoia isso, mesmo porque, em um segundo momento acredita-se no aumento das receitas dos clubes.
Tal compreensão se deve ao fato de que o risco de punição esportiva, caso o clube não apresente a CND no prazo estipulado, afetará o poder de compra dos times brasileiros. Alguns viverão momentos financeiros difíceis que resultarão em elencos menos competitivos caso o parcelamento seja devidamente respeitado. Desta forma, o torcedor, os técnicos, os atletas e os próprios gestores deverão entender que esse é o preço a ser pago para que se quite as dívidas com a sociedade e se reorganize o futebol brasileiro de forma saudável.
Para tanto, é fundamental que a CBF e/ou o Governo altere o frágil Fair Play proposto pela Comissão de Clubes e pela própria entidade para que (1) se defina um índice regressivo de prejuízo dos clubes para os próximos anos, (2) se altere a legislação para limitar o valor pago a título de Direito de Imagem ao atleta, (3) se defina uma agência ou uma auditoria independente que fiscalize mensalmente a comprovação do pagamento de todos os assalariados dos clubes e (4) que não só o clube, mas também o gestor deva ser punido caso não cumpra o pagamento dos salários em dia.
Só assim, de forma clara e transparente, é que esse mecanismo poderá funcionar. Caso contrário, voltaremos a falar desses mesmos problemas em breve.
O Bom Senso F.C. busca o diálogo e espera uma posição oficial da CBF acerca desses assuntos para que evitemos chegar ao ponto de ter que parar o Campeonato Brasileiro para chamar a atenção da entidade.
Não somos contra A ou B, somos apartidários e queremos reiterar que o nosso compromisso é com um futebol melhor para todos.
Por fim, gostaríamos de pedir, mais uma vez, o apoio do torcedor, dos clubes e da imprensa para a manifestação, pacífica e respeitosa, que ocorrerá sem prejudicar o andamento dos jogos da 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Bom Senso Futebol Clube
Por um futebol melhor
para quem joga,
para quem torce,
para quem transmite,
para quem patrocina.
Por um futebol melhor para todos.
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