A Prefeitura de Itabuna, por intermédio da
Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde vai intensificar nos próximos dias
a fiscalização em toda a cidade para garantir a proibição de criação, abate e
comercialização de aves em um mesmo local, depois de acordo feito com os donos
de estabelecimentos na quinta-feira passada durante reunião nas dependências no
Sest/Senat
Segundo o coordenador da Vigilância Sanitária,
Antônio Carlos Carvalho, no encontro se expôs aos empresários e aos seus
representantes, a urgente necessidade do estabelecimento de um prazo para que
às exigências mínimas previstas na legislação sejam cumpridas, a exemplo da
separação dos espaços destinados ao abate e à comercialização de aves.
Nesta terça-feira, às 16 horas, haverá novo
encontro na sede da Vigilância Sanitária, na Avenida Manoel Chaves, São
Caetano, entre os fiscais e dos empresários. Mas, dessa vez, haverá também a
participação de representantes da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente
para que seja discutida a implantação de abatedouro municipal de aves
beneficiando às empresas do setor.
A ação da Vigilância Sanitária visa enquadrar o
município de Itabuna às normas estabelecidas na Legislação Federal e às
exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Carvalho
lembrou que muitas das demandas de intervenções da Vigilância Sanitária são
advindas de notificações do Ministério Público, a exemplo desta que está sendo
feita junto aos abatedouros de frangos. “Portanto, a nossa intenção não é
fechar as granjas de Itabuna, mas adequá-las às exigências da legislação”,
frisou.
O objetivo da reunião era também ouvir os
comerciantes para saber de suas propostas, as quais estarão contidas em relatório
a ser encaminhado ao Ministério Público na próxima semana. Em seguida, outro
encontro será marcado para que então seja definido um prazo para que as
mudanças aconteçam e se cumpram as normas sanitárias e de higiene.
Ao citar como um dos agravantes de risco à saúde
humana a contaminação por conta do descarte irregular de vísceras e penas de
frangos em locais inapropriados, bem como as condições insalubres de muitos
abatedouros, o diretor municipal da Vigilância Sanitária destacou que estudos
científicos comprovam que 45% das doenças neurológicas são provenientes do
consumo de carnes de abate, transporte, manuseio, conservação e comercialização
inadequados.
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