A diretoria do São Paulo se mostra incomodada com o fato
de um novo laudo ter sido emitido para atestar a capacidade do Estádio
Moisés Lucarelli. Na quinta-feira, o Corpo de Bombeiros fez uma vistoria
no Majestoso e alegou que o local pode receber mais de 20 mil
torcedores, como determina o regulamento da Conmebol, para que o clube
possa mandar o jogo diante do São Paulo, pela semifinal da
Sul-Americana, em casa.
"Já acionamos a Secretaria de Segurança Pública. Estamos
falando com o promotor, cada dia sai um laudo diferente lá em Campinas,
isso é uma vergonha. Cada dia tem um laudo, a gente tem que saber a
responsabilidade desses laudos", declarou o assessor da presidência,
José Francisco Manssur.
Há duas semanas, o São Paulo encaminhou um ofício à
Conmebol para que o jogo decisivo não fosse realizado no Moisés
Lucarelli, em razão da capacidade mínima exigida pela entidade
sul-americana para os confronto, de 20 mil espectadores. De acordo com a
Federação Paulista de Futebol (FPF), o Majestoso comporta 18.676
pessoas. Em seu site oficial, a Ponte Preta exibiu um laudo do Corpo de
Bombeiros que atestava a capacidade de 27.946 no Moisés Lucarelli. A
entidade sul-americana acatou o pedido do time tricolor e, por isso,
publicou, nesta semana, que a partida de volta será realizada em Mogi
Mirim, no estádio Romildo Ferreira.
Contudo, na última quinta-feira, o Corpo de Bombeiros
fez uma nova vistoria no local e afirmou que o estádio comporta 20.975
torcedores. A diretoria da Ponte já o encaminhou à Federação Paulista de
Futebol (FPF) e aguarda o posicionamento da Conmebol. O clube
campineiro tem esperança em uma reviravolta.
"O laudo que vale é o que está com promotor, que fala em
16 mil e pouco (espaço liberado para a torcida), esse laudo tem que ser
dado no começo da temporada, não adianta ficar inventando laudo. O
promotor tem dito que vale o laudo que está com ele", completou Manssur,
referindo-se ao promotor de Justiça do Consumidor, Roberto Senise.
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