Diante do
grande número de pessoas com deficiências no estado, a Federação Baiana do
Desporto de Participação está desenvolvendo um projeto de interiorização do
paradesporto com o apoio da Sudesb e das prefeituras. “Há deficiência de
atletas em competições de esporte adaptado, o que se reflete nos eventos
paraolímpicos”, afirma o vice-presidente da entidade, Henrique Carlos Silva.
“Nas últimas paraolimpidas em Londres 2012, por exemplo, a equipe brasileira
tinha apenas cinco baianos”, resume.
Segundo
explicou o dirigente, a Clínica do Esporte Adaptado visa à preparação de
quadros de técnicos qualificados para atuar no treinamento de pessoas portadoras
de deficiência para o lazer e a prática desportiva, além da inclusão social. A Federação trabalha com as deficiências
intelectual, visual auditiva e motor, já que para cada uma dessas deficiências
existem esportes apropriados.
“Atualmente, o forte na Bahia no
esporte adaptado é o futebol de cinco e a natação, inclusive com a cessão de
três atletas de futebol do Instituto de Cegos da Bahia para a seleção
brasileira e dois que treinam com a equipe de natação da Sudesb”, informa
Henrique Silva. Ele acrescenta que também está se incentivando a prática de
modalidades esportivas como futsal, handebol, basquete, natação e atletismo e
esportes não-tradicionais como bocha, hóquei sob piso, futebol de cinco e judô
para cegos.
O
secretário de Esportes e Recreação, Evans Maxwel Silva, considera a Clínica do
Esporte Adaptado um evento importante porque permite a formação de técnicos
para promover a inclusão, a integração e elevar a auto-estima das pessoas
portadoras de deficiência. Ele lembra que a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação já prevê a inclusão de esportes adaptados para os alunos portadores de
deficiência. “Na rede municipal de
ensino já há um grande número de alunos que estudam regularmente na sala de
aula e necessitam de inclusão”, ressalta.
Evans
Maxwel relata que o prefeito Claudevane Leite determinou que durante as obras
de reforma, a Vila Olímpica de Itabuna que, este ano completa 33 anos, seja
adaptada às necessidades dos portadores de deficiência atletas ou não. “Já
construímos quatro conjuntos de banheiros no Estádio Luiz Viana Filho, que
também ganhou rampas de acesso e arquibancadas especiais com parapeito”, disse.
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