Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) a 12 anos e sete meses de prisão por conta de seu envolvimento no
esquema do mensalão e
teria fugido para a Itália há cerca de 50 dias. Nesta terça, o senador
já entrou em contato com o presidente do comitê, Claudio Micheloni, que
disse que por enquanto o assunto não tem relevância na Itália e o Senado
não foi comunicado ainda a respeito. "Esse assunto não existe, nada
está sendo falado a esse respeito na Itália, mas eu julguei importante,
como eleito na circunscrição sul-americana e sendo ítalo-brasileiro, de
levar esse comunicado que está havendo esse assunto na mídia brasileira
que o Pizzolato teria fugido do Brasil à Itália", explicou Longo, que
teme que o caso sirva de mau exemplo para os mais de 5 milhões de
italos-descendentes que detêm a dupla cidadania pelo mundo.
"O que resolvi explicar é para que o caso Pizzolato não
se transforme numa justificativa qualquer em relação aos
ítalos-descendentes. Imagina se os 5 milhões de ítalos-descendentes que
estão vivendo fora, em seus respectivos países, cometerem algum tipo de
inconformidade com a legislação local e se venham até a Itália como meio
de se proteger. Embora quem detém a dupla cidadania seja protegido
pelas duas pátrias, também tem deveres com a Itália e o Brasil",
ressaltou o senador, eleito em fevereiro deste ano.
O senador também não acredita que a Justiça italiana irá
negar um possível pedido de extradição de Pizzolato por "revanche" à
extradição negada pelo Brasil a Battisti. "Não há a menor possibilidade.
O governo, o parlamento, o conselho de ministros, a Justiça italiana
são de tal maturidade que jamais se utilizariam disso. Aliás, são temas,
motivos, origens diversos para poder fazer uma espécie de revanche,
coisa que não cabe. Seria uma interpretação bastante infantil achar que
um país como a Itália e um país como o Brasil tentariam resolver questão
dessa natureza através de revanchismo mesmo porque são casos
tão diferentes que não se enquadram nenhum tipo de referência de um ao
outro caso", completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário