A quadrilha alvo da “Operação Minotauro”, deflagrada na madrugada desta
quinta-feira (21), estava sendo investigada pela Secretaria da Fazenda
do Estado da Bahia (Sefaz) há cerca de dois anos e acredita-se que possa
praticar sonegação fiscal há pelo menos cinco anos, segundo o
Ministério Público estadual.
Sete empresários e um contador
foram presos nos estados da Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, Pará e Minas
Gerais em cumprimento a mandados da operação, cujo objetivo é
investigar empresas que atuam no comércio atacadista de carnes e
derivados de produtos alimentícios. Os prejuízos causados pelo grupo
estão avaliados em um montante de R$ 20 milhões em Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Cinco mandados de
busca e apreensão foram cumpridos em Sergipe e no Rio de Janeiro, onde
foram apreendidos computadores, documentos como contratos e escrituras,
cheques assinados, além de telefones celulares e outros equipamentos
eletrônicos.
O empresário do ramo alimentício Edson Fonseca
Júnior e o contador Daniel Pinheiro de Queirós Filho foram presos em
Salvador. Dono do armazém Top Alto, localizado nas Granjas Rurais,
próximo à Mata Escura, foi preso a bordo de um veículo Fiesta, de cor
preta, na Avenida Paralela, quando se dirigia ao trabalho. Daniel foi
preso em sua residência, no bairro do Imbuí.
Donos de uma
importadora de alimentos, sediada em Belém, no Pará, os irmãos Gerson e
João Franco Bueno tiveram os mandados cumpridos pela Polícia Federal,
naquela cidade. Isaías Vanderley do Amaral e Antônio Edvaldo Silva de
Araújo foram presos em Aracaju e no Rio de Janeiro, respectivamente.
Segundo
a delegada Débora Freitas, o grupo recrutava pessoas em Salvador, Lauro
de Freiras e Simões Filho, para servirem de “laranjas” na abertura de
empresas, que revendiam carne bovina e derivados a estabelecimentos
comerciais nas três cidades. Depois de acumularem dívidas milionárias em
impostos, as empresas eram fechadas.
De acordo com a promotora Vanezza de Oliveira Rossi, da Promotoria
Regional Especializada no Combate à Sonegação Fiscal de Camaçari, o
grupo já havia sido alvo, há cerca de um mês, de uma outra operação, a
“Berrante”, da Polícia Federal, no estado do Pará.
Edson, Daniel
e Antônio ficarão custodiados no Complexo Policial dos Barris, enquanto
Isaías, Gerson e João vão permanecer presos em seus respectivos
estados.
Além do MP e da Sefaz, a operação foi realizada por uma
força-tarefa formada pela Secretariaa da Segurança Pública da Bahia,
Secretarias de Segurança Pública dos Estados do Rio de Janeiro e Minas
Gerais e Polícia Federal do Pará.
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