O motoboy Sandro Dota foi condenado nesta terça-feira a
31 anos de prisão por ter estuprado e matado sua cunhada, Bianca
Consoli, em setembro de 2011. A defesa do réu afirmou que irá recorrer
da sentença.
No total, o motoboy foi condenado a 23 anos de prisão
pelo homicídio triplamente qualificado da estudante (motivo fútil, meio
cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e oito pelo estupro. A
pena pela morte de Bianca foi fixada inicialmente em 26 anos, mas, como
Sandro confessou a morte da jovem, foi reduzida.
Em sua sentença, a juíza Fernanda Afonso de Almeida
disse que Bianca “foi covardemente agredida e morta, o que causou a
desestruturação da família, marcas que jamais serão apagadas”.
A magistrada afirmou também que Sandro, que nega ter
premeditado o crime e também estuprado Bianca, “é uma pessoa
dissimulada, manipuladora e maquiavélica”, que “transformou crimes
gravíssimos em uma espetáculo circense” por conta dos desdobramentos do
caso.
Promotoria conseguiu provar estupro
O promotor de Justiça Nelson dos Santos Pereira afirmou, nesta terça-feira, que Sandro mentiu ao afirmar que não estuprou a vítima antes de asfixiá-la.
O promotor de Justiça Nelson dos Santos Pereira afirmou, nesta terça-feira, que Sandro mentiu ao afirmar que não estuprou a vítima antes de asfixiá-la.
Ontem, primeiro dia de julgamento,
os sete jurados e a juíza Fernanda Afonso de Almeida ouviram oito
testemunhas, entre peritos e familiares de Bianca. Por último, já de
noite, Sandro confessou o homicídio em interrogatório, mas negou o
estupro. O réu já havia admitido a autoria do crime em entrevista pela
televisão, além de ter escrito uma carta contando sobre o assassinato.
O membro do Ministério Público explanou por uma hora e
meia e afirmou que o motoboy está mentindo novamente, já que no início
do processo, em setembro de 2011, o réu negou a prática do crime quando
já estava preso. "Arrependimento vem à tona assim que acontecem as
coisas. Cuidado quando diz que está arrependido, porque é muito fácil.
Quem se arrepende na hora não fica no velório fazendo cena ao lado da
família. E vem me falar de arrependimento? Esse sujeito é um ator,
dissimula o tempo todo. Ele quer enganar os senhores, se passar por
outra pessoa", afirmou Pereira.
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