terça-feira, 17 de setembro de 2013

Motoboy é condenado a 31 anos de prisão por estuprar e matar cunhada

O motoboy Sandro Dota foi condenado nesta terça-feira a 31 anos de prisão por ter estuprado e matado sua cunhada, Bianca Consoli, em setembro de 2011. A defesa do réu afirmou que irá recorrer da sentença. 

No total, o motoboy foi condenado a 23 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado da estudante (motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e oito pelo estupro. A pena pela morte de Bianca foi fixada inicialmente em 26 anos, mas, como Sandro confessou a morte da jovem, foi reduzida. 

Em sua sentença, a juíza Fernanda Afonso de Almeida disse que Bianca “foi covardemente agredida e morta, o que causou a desestruturação da família, marcas que jamais serão apagadas”. 

A magistrada afirmou também que Sandro, que nega ter premeditado o crime e também estuprado Bianca, “é uma pessoa dissimulada, manipuladora e maquiavélica”, que “transformou crimes gravíssimos em uma espetáculo circense” por conta dos desdobramentos do caso. 

Promotoria conseguiu provar estupro
O promotor de Justiça Nelson dos Santos Pereira afirmou, nesta terça-feira, que Sandro mentiu ao afirmar que não estuprou a vítima antes de asfixiá-la. 

Bianca Consoli, 19 anos, foi morta e estuprada em março de 2011 Foto: Reprodução / Futura Press
Bianca Consoli, 19 anos, foi morta e estuprada em março de 2011
Foto: Reprodução / Futura Press
Ontem, primeiro dia de julgamento, os sete jurados e a juíza Fernanda Afonso de Almeida ouviram oito testemunhas, entre peritos e familiares de Bianca. Por último, já de noite, Sandro confessou o homicídio em interrogatório, mas negou o estupro. O réu já havia admitido a autoria do crime em entrevista pela televisão, além de ter escrito uma carta contando sobre o assassinato.

O membro do Ministério Público explanou por uma hora e meia e afirmou que o motoboy está mentindo novamente, já que no início do processo, em setembro de 2011, o réu negou a prática do crime quando já estava preso. "Arrependimento vem à tona assim que acontecem as coisas. Cuidado quando diz que está arrependido, porque é muito fácil. Quem se arrepende na hora não fica no velório fazendo cena ao lado da família. E vem me falar de arrependimento? Esse sujeito é um ator, dissimula o tempo todo. Ele quer enganar os senhores, se passar por outra pessoa", afirmou Pereira.

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