A presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
da Espionagem, senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), disse que o órgão
quer explicações sobre o uso de 841 antenas pela Embaixada dos Estados
Unidos no Brasil para suas comunicações. O dado foi repassado pela
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As antenas têm
autorização da Anatel e a maioria é móvel, segundo a senadora.
"Estamos estudando tecnicamente o potencial e
localização de todas elas. Já era de conhecimento que a embaixada dos
Estados Unidos tinha autorização (da Anatel) para o funcionamento. O que não sabíamos é que são 841 antenas, sendo a maioria móveis", disse a senadora.
Para saber se outras embaixadas também dispõem de
antenas, a CPI solicitou informações sobre pedidos similares feitos
pelas representações dos países à Anatel. "Vimos que outros três países
têm antenas homologadas, mas em número muito menor", informou. De acordo
com a senadora, a Romênia têm autorização para usar 20 antenas; França,
cinco; e Chile, dois.
Para Vanessa Graziotin, os Estados Unidos precisam dar
"uma explicação sólida" sobre o uso e propósito dessas antenas. "Eles
alegam serem necessárias para suas comunicações. Não sei por que fora da
embaixada e do consulado", disse, em referência às antenas móveis, após
audiência que ouviu representantes das empresas de telefonia móvel TIM,
Oi, Vivo e Claro.
A comissão pretende averiguar também quantas antenas o Brasil utiliza em outros países.

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