Visando adequar os procedimentos de
criação, abate e comercialização de aves no município de Itabuna às normas
estabelecidas na Legislação Federal e às exigências da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – Anvisa, a Secretaria Municipal da Saúde, por meio do
Departamento de Vigilância Sanitária, reuniu no início da noite de quinta-feira,
dia 14, proprietários de granjas, que atuam no abate e venda de frangos em
diversos estabelecimentos da cidade.
A reunião, que aconteceu nas
dependências no Sest/Senat, foi coordenada pelo diretor da Vigilância
Sanitária, Antônio Carlos Carvalho, que inicialmente expôs aos empresários e
aos seus representantes, a urgente necessidade do estabelecimento de um prazo
para que às exigências mínimas previstas na legislação sejam cumpridas, a
exemplo da separação dos espaços destinados ao abate e à comercialização.
Carvalho lembrou que muitas das demandas
de intervenções da Vigilância Sanitária são advindas de notificações do
Ministério Público, a exemplo desta que está sendo feita junto aos abatedouros
de frangos. “Portanto, a nossa intenção não é fechar as granjas de Itabuna, mas
adequá-las às exigências da legislação”, frisou.
O objetivo da reunião era também ouvir
os comerciantes para saber de suas propostas, as quais estarão contidas em
relatório a ser encaminhado ao Ministério Público na próxima semana. Em
seguida, outro encontro será marcado para que então seja definido um prazo para
que as mudanças aconteçam e se cumpram as normas sanitárias e de higiene.
Ao citar como um dos agravantes de risco
à saúde humana a contaminação por conta do descarte irregular de vísceras e
penas de frangos em locais inapropriados, bem como as condições insalubres de
muitos abatedouros, o diretor municipal da Vigilância Sanitária destacou que
estudos científicos comprovam que 45% das doenças neurológicas são provenientes
do consumo de carnes de abate, transporte, manuseio, conservação e
comercialização inadequados.
Comerciantes
concordam
Concordando de forma unânime com a
urgente necessidade de adequação às normas, os proprietários de granjas
apresentaram sugestões para a solução do problema e citaram municípios
brasileiros onde o abate e comércio de frango respeitam as normas, inclusive
com a proibição da venda do produto dito como abatido na hora. O atacadista e
proprietário da Granja Salomão, José Galvão, citou o exemplo do município de Camaçari que implantou há algum tempo um abatedouro coletivo de
aves.
“Acredito que poderíamos contar com o
apoio do município para implantarmos um espaço semelhante em Itabuna, inclusive
fora do perímetro urbano”, opinou. José Galvão também considerou a reunião
bastante proveitosa e elogiou a iniciativa da Vigilância Sanitária da
Secretaria da Saúde em reunir os empresários para discutir uma solução para o
problema.
Dizendo-se disposto a acatar as decisões
que forem tomadas no coletivo, o empresário Edson Canta Galo, também ressaltou
o caráter educativo das ações da Vigilância Sanitária e reconheceu a urgente
necessidade de se estabelecer um prazo para sejam feitas que as adequações. Ele
também citou o exemplo do município de Vitória, no Espírito Santo, onde o abate
e a comercialização de frango obedecem às normas sanitárias estabelecidas,
inclusive com a proibição do franco abatido na hora.

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