Documentos que fazem parte de uma apresentação para o
público interno da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em
inglês) dos Estados Unidos mostram a presidente Dilma Roussef como alvo
de espionagem americana. Os arquivos, classificados como ultrassecretos,
fazem parte do material que o ex-analista da NSA Edward Snowden, que
divulgou o sistema de espionagem americano, entregou ao jornalista Glenn
Greenwald. As informações são do Fantástico.
Os papéis mostram que os EUA espionaram comunicações de
Dilma com seus principais assessores e dos assessores entre eles e com
terceiros. A apresentação secreta se chama "filtragem inteligente de
dados: estudo de caso México e Brasil" e tem como alvo Dilma e o
presidente do México, Enrique Peña Nieto, então candidato líder nas
pesquisas para a presidência.
No caso da espionagem contra a presidente Dilma, o
objetivo da operação é chamado de "Goal": "melhorar a compreensão dos
métodos de comunicação e dos interlocutores da presidente do Brasil,
Dilma Rousseff, e seus principais assessores". O material também traz um
gráfico que mostra toda a rede de comunicações da presidente com seus
assessores. Na última página, o documento diz que o método de espionagem
usado é "uma filtragem simples e eficiente que permite obter dados que
não são disponíveis de outra forma. E que pode ser repetido."
A NSA fecha o material dizendo que a união de dois
setores da agência teve sucesso contra dois alvos de alto escalão,
Brasil e México. “Ficou muito claro, com esses documentos, que a
espionagem já foi feita, porque eles não estão discutindo isso só como
alguma coisa que eles estão planejando. Eles estão festejando o sucesso
da espionagem”, afirmou Glenn.
Presidente do México tem mensagens de texto interceptadas
Na espionagem a Peña Nieto, a NSA interceptou mensagens de texto por telefone do então candidato usando o programa "Association", que pega as informações que circulam nas redes sociais. Em uma parte do documento, sob o título “mensagens interessantes”, trechos de conversas por texto são citados. Em um deles, Peña Nieto conta quem seriam alguns de seus ministros - que só tomariam posse seis meses depois da eleição.
Na espionagem a Peña Nieto, a NSA interceptou mensagens de texto por telefone do então candidato usando o programa "Association", que pega as informações que circulam nas redes sociais. Em uma parte do documento, sob o título “mensagens interessantes”, trechos de conversas por texto são citados. Em um deles, Peña Nieto conta quem seriam alguns de seus ministros - que só tomariam posse seis meses depois da eleição.
Brasil: amigo, inimigo ou problema?
Em outro documento, a NSA enumera os desafios geopolíticos dos Estados Unidos de 2014 a 2019 e afirma que o surgimento do Brasil e da Turquia no cenário global é classificado como risco para a estabilidade regional. O País aparece em uma lista na qual há também Egito, Índia, Irã e México e que tem como título: “Amigo, inimigo ou problema?”.
Em outro documento, a NSA enumera os desafios geopolíticos dos Estados Unidos de 2014 a 2019 e afirma que o surgimento do Brasil e da Turquia no cenário global é classificado como risco para a estabilidade regional. O País aparece em uma lista na qual há também Egito, Índia, Irã e México e que tem como título: “Amigo, inimigo ou problema?”.
Um terceiro documento também mostra que uma divisão
inteira da NSA é dedicada à política internacional e atividades
comerciais, com um setor encarregado de países da Europa Ocidental,
Japão, México e Brasil.
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